Apesar de amplamente distribuída a tricuríase é mais prevalente em regiões de clima quente e úmido e condições sanitárias precárias, que favorecem a contaminação ambiental e a sobrevivência dos ovos do parasito.
Os T. trichiura, medem de 3 a 5 cm, são parasitos do intestino grosso de humanos e infecções leves e moderadas habitam principalmente o ceco e cólon ascendente do hospedeiro, porém nas infecções intensas ocupam também o cólon distal, reto e porção distal do ílio.
Estes vermes são considerados por muitos autores um parasito tissular, pois toda a região esofagiana do parasito penetra na camada epitelial da mucosa do hospedeiro, onde se alimenta principalmente de restos dos enterócitos lisados pela ação de enzimas proteolíticas secretadas pelas glândulas esofagianas do parasito. A porção posterior do T. trichiura permanece exposta no lúmen intestinal, facilitando a reprodução e a eliminação dos ovos que apresentam formato elíptico e poros salientes e transparentes.
Esse parasito apresenta dimorfismo sexual, reproduzem-se sexuadamente e os ovos são eliminados para o meio externo com as fezes. O embrião presente no ovo recém eliminado se desenvolve no ambiente para se tornar infectante; o período de desenvolvimento do ovo depende das condições ambientais
Sintomatologia: dores de cabeça, dor epigástrica e no baixo abdômen, diarréia, náusea e vômitos, disenteria crônica com presença de muco e sangue, dor abdominal com tenesmo, anemia, desnutrição grave caracterizada por baixo peso e altura abaixo do nível aceitável para a idade e prolapso retal.