Habita o trato geniturinário do homem e da mulher, onde produz infecção. É um organismo anaeróbico facultativo, cresce em temperaturas entre 20°C e 40°C, em PH entre 5 e 7,5.
A tricomonose é uma doença venérea, o microorganismo é transmitido através da relação sexual e pode sobreviver por mais de uma semana no prepúcio do homem sadio, após o coito com a mulher infectada.
O homem é o vetor da doença, quando ejacula, os tricomonas presentes na mucosa da uretra são levados à vagina pelo esperma. Atualmente admiti-se que a transmissão não sexual é incomum, pois foi demonstrado que o flagelado sobrevive por períodos muito curtos em assentos de vasos sanitários, roupas, água de banho, de artigos de toalete, de instrumentos ginecológicos contaminados, etc. Isso ocorre devido à sensibilidade do tricomonadídeo a mudanças físico-químicas (por exemplo, PH, temperatura, tensão de oxigênio e força iônica).
Apresentando alta especificidade de localização, este é capaz de produzir infecção somente no trato urogenital humano.
Na mulher o T. Vaginalis infecta principalmente a mucosa do epitélio do trato genital, sendo que em mulheres adultas a exocérvix é suscetível ao ataque do protozoário, mas raramente os organismos são encontrados na endocérvix.
A infecção vaginal provoca uma vaginite que se caracteriza por um corrimento vaginal fluido abundante de cor amarelo-esverdeada, bolhoso, de odor fétido, mais frequentemente nos períodos pós-menstruais. Vulva, o perino e áreas cutâneas podem estar avermelhados e edematosos.
No homem é comumente assintomática, apresenta uretrite com fluxo leitoso, desconforto ao urinar (ardência), pode causar complicações como: cistite, prostatite e epididimite.